Quando se observa um experimento (ou fenômeno) procura-se enquadrá-lo em um modelo teórico e passa-se a analisar e testar o modelo ao qual se adapta o experimento (ou fenômeno).
Os modelos podem ser:
Modelos determinísticos: levam a resultados certos, invariáveis.
Exemplo 1: F = m . a (Lei de Newton) Exemplo 2: Supondo que se tenha cinco livros para serem doados aos alunos, neste caso define-se pela nossa vontade a quais alunos serão destinados os livros, não havendo sorteio, o tipo do modelo a ser seguido é o determinístico. Exemplo 3: Supondo que se vá à farmácia fazer o controle de qualidade, entretanto determinam-se os remédios a serem supervisionados. Neste caso, também, o modelo a ser seguido é o determinístico. |
Modelos não-determinísticos ou probabilísticos: levam a possíveis resultados, sendo que os resultados dependem diretamente da regularidade estatística.
Exemplo: Usando-se o exemplo 2, nosso procedimento ocorrerá por meio de um sorteio, com isto todos os alunos terão a mesma probabilidade de receber o livro, então, o tipo de modelo a ser seguido é o não determinístico ou probabilístico. |
Experimento aleatório (E)
É o processo de coleta de dados relativo a um fenômeno que acusa variabilidade em seus resultados. O experimento é denominado pela letra maiúscula latina E.
Exemplos: E1: o lançamento de um dado é observar a face voltada para cima. E2: o lançamento e três moedas simultaneamente, observar as faces superiores. E3: uma família possui três filhos, estudar quanto ao sexo. E4: a altura dos alunos do INSTITUIÇÃO X . E5: o peso dos alunos do INSTITUIÇÃO X. |
Espaço amostral (S)
É o conjunto de todos os resultados possíveis do experimento, deverá ser designado pela letra maiúscula latina S. Pode ser:
Discreto: Quando consiste em um número finito ou infinito e numerável de eventos.
Exemplos: Dos experimentos E1, E2 e E3 serão os seguintes os espaços amostrais: S1 = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } S2 = { ccc, cck, kcc, ckc, cck, ckk, kck, kkk } S3 = { mmm, mmf, mfm, fmm, ffm, mff, fmf, fff }
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Contínuo: Quando consiste em todos os números reais de determinado intervalo.
Exemplo:
Usando como exemplos os experimentos acima E 4 e E 5.
Evento
É um subconjunto de um espaço amostral. Os eventos serão denotados pelas letras maiúsculas latinas, com exceção das letras E e S.
Exemplo: Seja E = lançamento de um dado (observar a face voltada para cima) Seja S = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } Sejam os eventos elaborados a partir de S: A = ocorrer a face com número par A = { 2, 4, 6 } --> n(A) = 3 B = ocorrer face com número menor que 3 B = { 1, 2 } --> n(B) = 2 C = ocorre face com número maior que 6 C = Ø --> n(C) = 0 *(este evento é denominado de evento incerto ou impossível, logo n(Ø) = 0)* D = ocorre face com número de 1 a 6 D = {1, 2, 3, 4, 5, 6} --> n(D) = 6 *(este evento é denominado de evento certo, pois ocorreu todo o espaço amostral, então n(D)=n (S)=6)* F = ocorre face com número ímpar F = {1, 3, 5 } --> n(F) = 3 |
Em primeiro lugar deixa-se claro o que é um subconjunto. Aqui foram conduzidos para que elaborassem os eventos de forma abrangente, de modo que se possa utilizá-los nas operações dos eventos com os seus respectivos cálculos de probabilidade, já prevendo resultados análogos ao cálculo de probabilidade, usando propriedades. A quantidade de elaboração de eventos vai depender do nível de dificuldade para entender o que é um evento (subconjunto de S).
Probabilidade (P)
Definição clássica: relação do número de pontos do evento pelo número de pontos do espaço amostral.
Se A é o evento de interesse, a probabilidade de A, representada por P(A), é dada por:
Exemplo: Experimento (E): Gênero dos alunos Espaço amostral (S): 100 alunos Amostra: Qual a probabilidade de ser do gênero masculino P(A) = n(A) / n(S) = 80 / 100 = 0,8 = 80,00% Qual a probabilidade de ser do gênero feminino P(B) = n(B) / n(S) = 20 / 100 = 0,2 = 20,00% A unidade da linguagem percentual é muito importante para a leitura dos resultados estatísticos, pois é uma linguagem acessível a todo o grau de instrução. |
Relacionamento entre eventos
A relação entre eventos parte da ideia de teoria de conjuntos.
Intersecção: o evento intersecção de dois eventos equivale a ocorrência de ambos
Notação: AeB
União: a união de dois eventos equivale à ocorrência de um ou outro, ou ambos
Notação: AouB
Negação (ou complementar): a negação do evento é denominado de evento complementar em relação ao espaço amostral
Notação: ~A
Condição: a probabilidade de um evento é condicionado ao dado por outro evento
Notação: A/B ou dado que, sabendo que, se
Para calcularmos a probabilidade condicional precisamos:
ter a intersecção de A com B
que tenham as seguintes informações no problema: dado que, sabendo-se que, verificando-se que, sempre exprimindo uma ideia de condição
a condicional reduz sempre o espaço amostral à condição imposta
Exemplo: Experimento (E): Observação da ocorrência de números Espaço Amostral (S): { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } Pede-se:
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Eventos Independentes
Os eventos são independentes quando a ocorrência de um não depende do outro. Então podemos dizer que dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando:
P(A/B) = P(A) ou P(A∩B) = P(A).P(B)
Referências: prof. Wesley Almeida, Escola de Negócios, PUCPR NUNES, Elvira Maria Alves; ALMEIDA, Wesley Marcos. Estatística Aplicada Usando Excel. Maringá: EDUEM, 2016.
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