A coleta dos dados da pesquisa envolve atividades de planejamento da pesquisa, da amostragem, coleta dos dados e pós-coleta.
Etapas da coleta de dados
Planejamento da pesquisa
escolha do tema e levantamento do problema (o quê?);
revisão bibliográfica e consulta a informantes;
definição dos objetivos da pesquisa (por quê?): a definição do instrumento de coleta de dados e, consequente, formulação das hipóteses dependem dos objetivos específicos;
formulação de hipóteses (que suposições existem?): devem ser claras e precisas, pois as hipóteses, provavelmente, darão origem às questões do seu instrumento de coleta de dados;
identificação das variáveis: características observáveis em cada elemento da população, observadas no instrumento de coleta de dados;
Planejamento da amostragem
determinação da população a ser estudada (onde? quem?);
elaboração do instrumento de coleta de dados (como?): pode ser na forma de questionário ou entrevista, utilizando o apoio de algum recurso tecnológico (exe. Google Form, Qualtrics);
cronograma de execução, material, pessoal e orçamento: determinação da execução de cada etapa da pesquisa e o custo decorrente;
programação da coleta e tabulação de dados;
Coleta dos dados
Pós-coleta
Crítica dos dados
processamento, tratamento e interpretação dos dados: a análise pode ser feita por meio de um software de automação de escritório, como o Excel, ou um software específico, por exemplo SPSS
Instrumentos
Tipos de instrumentos
Questionário
O questionário vem a ser um instrumento de coleta de dados, onde as respostas são, fornecidas por escrito pelo informante e não requer a presença do entrevistador.
Formulário
O investigador preenche um formulário (lista, catalogo ou inventário) com os dados coletados através da observação ou interrogação. Empregado, geralmente, em Pesquisas de Campo e Experiências de Laboratório e é preenchido pelo entrevistador.
Entrevista
A entrevista se constitui numa técnica de coleta de dados em que há uma interação pessoal direta entre dois indivíduos. (entrevistado e entrevistador).
Todos os instrumentos de coleta são compostos de um conjunto organizado de questões relacionadas com um problema central, que formam a “espinha dorsal” da investigação.
Elaborar um bom instrumento de coleta de dados não é tarefa fácil, pois para ser considerado um “bom instrumento” é preciso que seja:
válido: quando efetivamente recolhem-se os dados necessários para a pesquisa;
fidedigno: quando os mesmos resultados podem ser obtidos por outros pesquisadores;
operativo: quando for exequível e não permitir ambiguidade de interpretação.
Elaboração de Instrumentos
Escolhido o melhor instrumento para coleta (de acordo com planejamento e natureza do fenômeno em estudo) a etapa seguinte é sua elaboração, cumprindo os seguintes passos:
identificar o problema e as variáveis a serem levantadas;
selecionar o tipo de questões, levando-se em conta as vantagens e desvantagens de cada tipo, as características do que for envolvido na pesquisa, o local, o tempo e os meios disponíveis para a tabulação e tratamento de dados;
elaborar as questões de tal modo que para cada item pretendido contenha duas ou três referências (para checagem);
analisar criticamente as questões formuladas, eliminando as que se fizerem desnecessárias;
codificar as questões para facilitar a tabulação mecânica;
elaborar as instruções para o preenchimento do questionário ou do formulário.;
buscar opinião técnica ou recursos para elaboração de instrumentos;
revisar o instrumento e colocar os quesitos em sequência lógica;
aplicar em pré-teste, tabular e analisar os dados nele coletados, questionando as reformulações ou correções necessárias;
se pesquisa de campo apresentar formalmente o questionário ou formulário. O instrumento deve ser “apresentado” com uma exposição, em poucas palavras, da finalidade da pesquisa e da utilização possível dos resultados, sendo que estas informações se completam com um pedido de cooperação e agradecimentos antecipados.
Crítica de dados
De posse dos instrumentos de coleta preenchidos, o investigador vai examiná-los com o fim de identificar possíveis erros de conteúdo cometidos. Somente após essa crítica é que o pesquisador passará à fase seguinte do tratamento dos dados, pois de nada valerá seu trabalho se na análise forem manipulados valores irreais.
Referências: NUNES, Elvira Maria Alves; ALMEIDA, Wesley Marcos. Estatística Aplicada Usando Excel. Maringá: EDUEM, 2016.
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